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3.6 Produto Misto
Em revisão
O produto misto de três vetores , e , nesta ordem, é definido por
(3.356)
Em coordenadas, temos
(3.357)
(3.361)
(3.368)
(3.375)
(3.379)
(3.383)
Ou seja, temos
(3.384)
Exemplo 3.6.1.
Dados os vetores , e , temos
(3.388)
(3.392)
(3.393)
3.6.1 Interpretação Geométrica
Seja uma sequência de vetores l.i. e com orientação positiva. Assumindo as representações , e temos a determinação de um paralelepípedo (consulte a Figura 3.5).
A base do paralelepípedo é o paralelogramo de área . Assim sendo, o volume do paralelepípedo é
Ou seja, o volume do paralelepípedo formado pelos vetores , e é igual a norma do produto misto destes vetores, i.e.
(3.403)
Exemplo 3.6.2.
Vamos calcular o volume do paralelepípedo determinado pelos vetores , e . De (3.403), temos
(3.404)
(3.408)
(3.409)
3.6.2 Propriedades
Valem as seguintes propriedades:
a)
Demonstração. De fato, quando permutamos duas linhas em uma matriz, seu determinante troca de sinal.
b)
Demonstração. Mesmo argumento da letra a).
c)
Demonstração. De fato, cada caso acima corresponde a duas consecutivas permutações de linha na matriz associada ao produto misto.
d)
Demonstração. Isto segue de c), i.e.
(3.410)
(3.411)
(3.412)
e)
Determinação. De fato, ao multiplicarmos uma linha de uma matriz por um escalar , seu determinante fica multiplicado por .
f)
Determinante. Também segue da propriedade análoga do determinante de matrizes.
Exemplo 3.6.3.
Sabendo que , vamos calcular . Do item e) acima, temos
(3.413)
(3.414)
donde
(3.415)
Agora, do item b), temos
(3.416)
Ou seja, concluímos que .
Também, temos as seguinte propriedades envolvendo o produto misto:
a)
Se , então não é base.
Demonstração. Seja , i.e. . No caso de um dos vetores serem nulos, então não é base. Suponhamos, então, que , e são vetores não nulos. Isso implica que ou . No primeiro caso, e são l.d. e, portanto, não é base. No segundo caso, , temos que é coplanar aos vetores e , logo não é base.
b)
Se , então é uma base positiva.
Demonstração. Se , implica que o ângulo entre e é agudo, o que garante que seja uma base positiva.
c)
Se , então é uma base negativa.
Demonstração. Se , implica que o ângulo entre e é obtuso, o que garante que seja uma base negativa.
3.6.3 Exercícios Resolvidos
ER 3.6.1.
Calcule a área do paralelogramo determinado pelos vetores , e .
Solução.
Da Subseção 3.6.1, temos que o volume do paralelogramo é
(3.417)
não importando a ordem dos vetores1919endnote: 19A ordem dos vetores não altera o módulo do valor do produto misto.. Assim sendo, temos
(3.418)
(3.422)
(3.423)
ER 3.6.2.
Sejam , e vetores dados. Verifique a seguinte afirmação:
(3.424)
onde e são quaisquer escalares.
Solução.
Das propriedades do produto misto2020endnote: 20., temos
(3.425)
(3.426)
Agora, observamos que é combinação linear de e , logo é l.d. e, portanto,
(3.427)
Concluímos que
(3.428)
3.6.4 Exercícios
E. 3.6.1.
Calcule sendo , e .
Resposta.
-2
E. 3.6.2.
Sejam , e . Calcule .
Resposta.
E. 3.6.3.
Sendo , calcule .
Resposta.
E. 3.6.4.
Sendo , calcule .
Resposta.
E. 3.6.5.
Sejam , e . Calcule de forma que .
Resposta.
Envie seu comentário
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(3.356)
Em coordenadas, temos
(3.357)
(3.361)
(3.368)
(3.375)
(3.379)
(3.383)
Ou seja, temos
(3.384)
Exemplo 3.6.1.
Dados os vetores , e , temos
(3.388)
(3.392)
(3.393)
3.6.1 Interpretação Geométrica
Seja uma sequência de vetores l.i. e com orientação positiva. Assumindo as representações , e temos a determinação de um paralelepípedo (consulte a Figura 3.5).
A base do paralelepípedo é o paralelogramo de área . Assim sendo, o volume do paralelepípedo é
Ou seja, o volume do paralelepípedo formado pelos vetores , e é igual a norma do produto misto destes vetores, i.e.
(3.403)
Exemplo 3.6.2.
Vamos calcular o volume do paralelepípedo determinado pelos vetores , e . De (3.403), temos
(3.404)
(3.408)
(3.409)
3.6.2 Propriedades
Valem as seguintes propriedades:
a)
Demonstração. De fato, quando permutamos duas linhas em uma matriz, seu determinante troca de sinal.
b)
Demonstração. Mesmo argumento da letra a).
c)
Demonstração. De fato, cada caso acima corresponde a duas consecutivas permutações de linha na matriz associada ao produto misto.
d)
Demonstração. Isto segue de c), i.e.
(3.410)
(3.411)
(3.412)
e)
Determinação. De fato, ao multiplicarmos uma linha de uma matriz por um escalar , seu determinante fica multiplicado por .
f)
Determinante. Também segue da propriedade análoga do determinante de matrizes.
Exemplo 3.6.3.
Sabendo que , vamos calcular . Do item e) acima, temos
(3.413)
(3.414)
donde
(3.415)
Agora, do item b), temos
(3.416)
Ou seja, concluímos que .
Também, temos as seguinte propriedades envolvendo o produto misto:
a)
Se , então não é base.
Demonstração. Seja , i.e. . No caso de um dos vetores serem nulos, então não é base. Suponhamos, então, que , e são vetores não nulos. Isso implica que ou . No primeiro caso, e são l.d. e, portanto, não é base. No segundo caso, , temos que é coplanar aos vetores e , logo não é base.
b)
Se , então é uma base positiva.
Demonstração. Se , implica que o ângulo entre e é agudo, o que garante que seja uma base positiva.
c)
Se , então é uma base negativa.
Demonstração. Se , implica que o ângulo entre e é obtuso, o que garante que seja uma base negativa.
3.6.3 Exercícios Resolvidos
ER 3.6.1.
Calcule a área do paralelogramo determinado pelos vetores , e .
Solução.
Da Subseção 3.6.1, temos que o volume do paralelogramo é
(3.417)
não importando a ordem dos vetores1919endnote: 19A ordem dos vetores não altera o módulo do valor do produto misto.. Assim sendo, temos
(3.418)
(3.422)
(3.423)
ER 3.6.2.
Sejam , e vetores dados. Verifique a seguinte afirmação:
(3.424)
onde e são quaisquer escalares.
Solução.
Das propriedades do produto misto2020endnote: 20., temos
(3.425)
(3.426)
Agora, observamos que é combinação linear de e , logo é l.d. e, portanto,
(3.427)
Concluímos que
(3.428)
3.6.4 Exercícios
E. 3.6.1.
Calcule sendo , e .
Resposta.
-2
E. 3.6.2.
Sejam , e . Calcule .
Resposta.
E. 3.6.3.
Sendo , calcule .
Resposta.
E. 3.6.4.
Sendo , calcule .
Resposta.
E. 3.6.5.
Sejam , e . Calcule de forma que .
Resposta.
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