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O limite de uma função nem sempre existe. Entretanto, em muitos destes casos, podemos concluir mais sobre a tendência da função. Por exemplo, dizemos que o limite de uma dada função é infinito quando tende a um número , se é arbitrariamente grande para todos os valores de suficientemente próximos de , mas . Neste caso, escrevemos
(1.212) |
A Figura 1.15, é uma ilustração de quando .
Vejamos o caso de
(1.213) |
Ao tomarmos próximo de , obtemos os seguintes valores de :
Veja o esboço do gráfico de na Figura 1.16.
Podemos concluir que os valores de podem ser tomados arbitrariamente grandes ao escolhermos qualquer suficientemente próximo de , com . I.e.,
(1.214) |
Atenção! Na verdade, este comando computa o limite lateral à direita. Na sequência, discutimos sobre limites laterais infinitos.
Definimos os limites laterais infinitos
(1.215) |
e
(1.216) |
No primeiro caso, os valores de são arbitrariamente grandes conforme os valores de e . No segundo caso, os valores de são arbitrariamente grandes conforme os valores de e .
(1.217) |
De fato, conforme tomamos valores de próximos de , com , os valores de tornam-se cada vez maiores. Veja o esboço do gráfico de na Figura 1.17.
Analogamente a definição de limite infinito, dizemos que o limite de uma dada função é menos infinito quando tende a , quando torna-se arbitrariamente pequeno para valores de suficientemente próximos de , com . Neste caso, escrevemos
(1.218) |
De forma similar, definimos os limites laterais quando .
Observe que
(1.219) |
e que não podemos concluir que este limite é ou . Isto ocorre, pois
(1.220) |
e
(1.221) |
(1.222) |
De fato, podemos inferir este limite a partir do gráfico da função . Este é uma translação de uma unidade à esquerda do gráfico de , seguida de uma reflexão em torno de eixo . Veja a Figura 1.18.
Novamente, observamos que este comando computa apenas o limite lateral à direita.
Uma reta é uma assíntota vertical do gráfico de uma função se
(1.223) |
ou
(1.224) |
O gráfico da função tem uma assíntota vertical em , pois
(1.225) |
Veja o esboço de seu gráfico na Figura 1.19.
A função não está definida para valores de tais que seu denominador se anule, i.e.
(1.226) | |||
(1.227) |
Nestes pontos o gráfico de pode ter assíntotas verticais. De fato, temos
(1.228) | ||||
(1.229) |
e, também, temos
(1.230) | ||||
(1.231) |
Com isso, temos que as retas e são assíntotas verticais ao gráfico da função . Veja a Figura 1.20 para o esboço do gráfico desta função.
As funções trigonométricas e têm assíntotas verticais para inteiro. Já, as funções trigonométricas e têm assíntotas verticais para inteiro. Consulte mais em Funções Trigonométricas nas Notas de Aula de Pré-Cálculo.
Além de assíntotas horizontais e verticais, gráficos de funções podem ter assintota oblíquas. Isto ocorre, particularmente, para funções racionais cujo grau do numerador é maior que o do denominador.
Consideremos a função racional
(1.233) |
Para buscarmos determinar a assíntota oblíqua desta função, dividimos o numerador pelo denominador, de forma a obtermos
(1.234) |
Observamos, agora, que o resto tende a zero quando , i.e. quando . Com isso, concluímos que é uma assíntota oblíqua ao gráfico de . Veja a Figura 1.22.
Analogamente à assintotas oblíquas, podemos ter outros tipos de assíntotas determinadas por funções de diversos tipos, por exemplo, assíntotas quadráticas.
Escrevemos
(1.235) |
quando os valores da função são arbitrariamente grandes para todos os valores de suficientemente grandes. De forma análoga, definimos
(1.236) |
(1.237) |
e
(1.238) |
Vejamos os seguintes casos:
(1.239) | ||||
(1.240) |
Dado um polinômio , temos
(1.241) |
Retornando ao exemplo anterior (Exemplo 1.5.11, temos
(1.242) | ||||
(1.243) |
Calcule
(1.244) |
Temos
(1.245) |
Outra forma de calcular este limite é observar que quando . Assim, fazendo a mudança de variável , temos
(1.246) | ||||
(1.247) | ||||
(1.248) |
Calcule
(1.249) |
Começamos observando que
(1.250) |
Então, calculando o limite lateral à esquerda, temos
Por outro lado, temos
Portanto, concluímos que
(1.251) |
Calcule
(1.252) |
Calcule
(1.256) |
Observamos que quando . Desta forma, fazendo a mudança de variáveis , temos
(1.257) |
Calcule
(1.258) |
Podemos verificar que trata-se de uma indeterminação do tipo . Neste caso, podemos calcular o limite pela multiplicação (em cima e em baixo) pelo inverso do fator dominante no radical, i.e. . Ou seja, calculamos
(1.259) | ||||
(1.260) |
Lembramos que . Como , temos . Logo,
(1.261) | ||||
(1.262) | ||||
(1.263) | ||||
(1.264) | ||||
(1.265) |
Calcule
a) ; b) ; c) ; d)
Calcule
a) ; b) ; c) ; d)
Calcule
a) ; b) ; c) ; d) ; e)
Determine as assíntotas verticais ao gráfico da função
(1.266) |
;
Determine as assíntotas verticais ao gráfico da função
(1.267) |
Calcule
(1.268) |
Calcule
(1.269) |
Mostre que é assíntota ao gráfico de
(1.270) |
Dica: Observe que e analise o limite de quando .
(Aplicação) Na física química, a Equação de Arrhenius88endnote: 8Svante August Arrhenius, 1859-1927, químico sueco. Fonte: Wikipédia. fornece a taxa de reação (entre espécies químicas) em função da temperatura [K]
(1.271) |
onde é o fator constante pré-exponencial, é a energia de ativação e é a constante universal dos gases. Para temperatura constante, a equação acima define a função . Qual é a tendência da taxa de reação quando .
quando
(Aplicação.) A função logística tem aplicações em várias áreas do conhecimento como, por exemplo, na inteligência artificial e na modelagem de crescimento populacional99endnote: 9Consulte mais em Wikipédia: Função Logística.. Ela tem a forma
(1.272) |
Encontre a(s) assíntota(s) horizontal(ais) dessa função logística.
e
(Aplicação.) O fenômeno de desintegração espontânea do núcleo de um átomo com a emissão de algumas radiações é chamado de radioatividade1010endnote: 10Fonte: Wikipédia.. A lei fundamental do decaimento radiativo estabelece que a taxa de decaimento é proporcional ao número de átomos que ainda não decaíram. Isto nos fornece a equação da lei básica da radioatividade
(1.273) |
onde, é o número de átomos no tempo , é o número de átomos presentes no tempo inicial e é a constante de decaimento. Qual a tendência de quando .
quando
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