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Limites no infinito descrevem a tendência de uma dada função quando ou . Dizemos que o limite de é quando tende a , se os valores de são arbitrariamente próximos de para todos os valores de suficientemente pequenos. Neste caso, escrevemos
(1.148) |
Veja a Figura 1.7.
Analogamente, dizemos que o limite de é quando tende , se os valores de são arbitrariamente próximos de para todos os valores de suficientemente grandes. Neste caso, escrevemos
(1.149) |
Veja a Figura 1.8.
Vamos inferir os limites de para e . A Figura 1.9 é um esboço do gráfico desta função.
Observamos que quanto menores os valores de , mais próximos de são os valores de . Daí, inferimos que
(1.150) |
Também, quanto maiores os valores de , mais próximos de são os valores de . Com isso, podemos concluir que
(1.151) |
(Regras para o cálculo de limites no infinito) Supondo que , e são números reais e
(1.152) |
e
(1.153) |
Então, temos as seguintes regras para limites no infinito:
Regra da multiplicação por escalar
(1.154) |
Regra da soma/diferença
(1.155) |
Regra do produto
(1.156) |
Regra do quociente
(1.157) |
Regra da potenciação
(1.158) |
(1.159) | |||
(1.160) | |||
(1.161) | |||
(1.162) |
Consideramos o seguinte caso
(1.163) |
Observamos que não podemos usar a regra do quociente diretamente, pois, por exemplo, não existe o limite do numerador. A alternativa é multiplicar e dividir por (grau dominante), obtendo
(1.164) | |||
(1.165) | |||
(1.166) | |||
(1.167) |
Então, aplicando as regras do quociente, da soma/subtração e da multiplicação por escalar, temos
(1.168) | |||
(1.169) | |||
(1.170) |
Dados dois polinômios
(1.171) | |||
(1.172) |
temos
(1.173) |
Consulte o Exercício 1.4.8. ∎
Retornando ao Exemplo 1.4.3, temos
(1.174) | |||
(1.175) | |||
(1.176) |
A ideia utilizada no Exemplo 1.4.3, também pode ser útil em limites no infinito envolvendo funções raiz.
Vamos calcular
(1.177) |
A ideia é multiplicar em cima e em baixo por . Seguimos
(1.178) | |||
(1.179) | |||
(1.180) | |||
(1.181) | |||
(1.182) | |||
(1.183) |
A reta é dita assíntota horizontal ao gráfico da função se
(1.184) |
ou
(1.185) |
No Exemplo 1.4.3, vimos que
(1.186) |
Logo, temos que é uma assíntota horizontal do gráfico da função
(1.187) |
Consulte a Figura 1.10.
Também, temos
(1.188) | ||||
(1.189) |
O que reforça que é uma assíntota horizontal desta função.
(Função exponencial natural)
(1.190) |
donde temos que é uma assíntota horizontal da função exponencial natural. Veja a Figura 1.11.
(Função logística) Na ecologia, a função logística 11endnote: 1Consulte mais em Wikipédia.
(1.191) |
é um modelo de crescimento populacional de espécies, sendo o número de indivíduos da população no tempo . O parâmetro é o número de indíviduos na população no tempo inicial , é a proporção de novos indivíduos na população devido a reprodução e é o limite de saturação do crescimento populacional (devido aos recursos escassos como alimentos, território e tratamento a doenças). Observamos que
(1.192) |
Ou seja, é uma assíntota horizontal ao gráfico de e é o limite de saturação do crecimento populacional. Na Figura 1.12, temos o esboço do gráfico da função logística para .
Uma função é periódica quando existe um número tal que
(1.193) |
para todo no domínio de . As funções trigonométricas são exemplos de funções periódicas22endnote: 2Consulte mais nas Notas de Aula - Pré-Cálculo - Funções Trigonométricas.
O limite no infinito de funções periódicas não existe33endnote: 3À exceção de funções constantes.. De fato, se não é constante, então existem números tal que . Como a função é periódica, e para todo número inteiro . Desta forma, não existe número que possamos tomar arbitrariamente próxima, para todos os valores de suficientemente grandes (ou pequenos).
Calcule
(1.195) |
Utilizando a regra da soma para limites no infinito, temos
(1.196) | ||||
(1.197) |
observando que existe. De fato, o gráfico de é uma translação de uma unidade à esquerda da função . Uma translação horizontal finita não altera o comportamento da função para . Portanto, como quando , temos que quando , i.e.
(1.198) |
Portanto, concluímos que
(1.199) |
Determine a(s) assíntota(s) horizontal(ais) do gráfico da função
(1.200) |
Uma reta é assíntota horizontal do gráfico de , quando
(1.201) |
Começamos com , temos
(1.202) | ||||
(1.203) |
Logo, é assíntota horizontal ao gráfico de .
Agora, vamos ver a tendência da função para , temos
(1.204) | ||||
(1.205) |
Portanto, concluímos que é a única assíntota horizontal ao gráfico da função .
Calcule
(1.206) |
Calcule
a) ; b) ; c) ; d) ; e) ;
Calcule
a) ; b) ; c)
Calcule
a) ; b) ; c) ;
Calcule
a) ; b) ; c) ; d)
Calcule
a) ; b)
Calcule
(1.210) |
não existe.
Calcule:
.
.
a) ; b)
Dados dois polinômios e , mostre que
(1.211) |
Dica: use as regras para o cálculo de limites.
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