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Seja uma função com domínio . Dizemos que tem o valor máximo global2323endnote: 23Também chamado de máximo absoluto. no ponto quando
(3.41) |
para todo . Analogamente, dizemos que tem o valor mínimo global2424endnote: 24Também chamado de mínimo absoluto. no ponto quando
(3.42) |
para todo . Em tais pontos, dizemos que a função têm seus valores extremos globais (ou extremos absolutos).
A função tem valor mínimo global no ponto e não assume valor máximo global. A função tem valor máximo global no ponto e não assume valor mínimo global. A função não assume valores mínimo e máximo globais. Veja a Figura 3.1.
(Teorema do valor extremo2525endnote: 25Este é uma versão do chamado Teorema de Weierstrass) Se é uma função contínua em um intervalo fechado , então assume tanto um valor máximo como um valor mínimo global em .
A demonstração foge dos objetivos deste texto. Caso tenha interesse, consulte [2]. ∎
Vejamos os seguintes casos:
A função é contínua no intervalo fechado . Assume valor mínimo global no ponto . Ainda, assume valor máximo global igual a no ponto . Veja Figura 3.2.
A função é contínua no intervalo . Neste intervalo, assume valor máximo global no ponto , mas não assume valor mínimo global. Veja Figura 3.3.
A função
(3.43) |
definida no intervalo é descontínua no ponto . Neste intervalo, assume valor mínimo global no ponto , mas não assume valor máximo global. Veja a Figura 3.4.
Uma função tem um valor máximo local em um ponto interior de seu domínio, se para todo em um intervalo aberto em torno de , excluindo-se . Analogamente, tem um valor mínimo local em um ponto interior de seu domínio, se para todo em um intervalo aberto em torno de , excluindo-se . Em tais pontos, dizemos que a função têm valores extremos locais (ou relativos). Um tal ponto é chamado de ponto de máximo local ou de mínimo local, conforme o caso.
Consideremos a função
(3.44) |
Na Figura 3.5 temos o esboço de seu gráfico. Por inferência, temos que tem valores máximos locais nos pontos e . No ponto tem um valor mínimo local. Observamos que , e não são pontos de extremos locais desta função. No ponto , tem seu valor mínimo global. Ainda, não tem valor máximo global.
(Teorema da derivada para pontos extremos locais.) Se possui um valor extremo local em um ponto e é diferenciável neste ponto, então
(3.45) |
Vamos considerar o caso em que possui um máximo local em . Então, segue que
(3.46) | |||
(3.47) |
Logo, . Para o caso em que possui um mínimo local em , consulte o Exercício 3.2.6. ∎
Deste teorema, podemos concluir que uma função pode ter valores extremos em:
pontos interiores de seu domínio onde ,
pontos interiores de seu domínio onde não existe, ou
pontos extremos de seu domínio.
Um ponto interior do domínio de uma função onde ou não existe, é chamado de ponto crítico da função.
Uma função tem valores extremos em pontos críticos ou nos extremos de seu domínio.
Consideramos a função discutida no Exemplo 3.2.3. No ponto , e tem valor máximo local neste ponto. Entretanto, no ponto , também temos , mas não tem valor extremo neste ponto.
No ponto , não existe e tem valor mínimo local neste ponto. No ponto, , não existe e tem valor máximo local neste ponto.
Nos extremos do domínio, temos que tem valor mínimo global no ponto , mas não tem extremo global no ponto .
Determine os pontos extremos da função no intervalo .
Os valores extremos de um função podem ocorrer, somente, em seus pontos críticos ou nos extremos de seu domínio. Como é diferenciável no intervalo , seus pontos críticos são pontos tais que . Para identificá-los, calculamos
(3.48) | ||||
(3.49) |
Desta forma, pode ter valores extremos nos ponto , e . Analisamos, então, o esboço do gráfico da função (Figura 3.6) e a seguinte tabela:
-2 | -1 | 1 | |
---|---|---|---|
0 | -1 | 3 |
Daí, podemos concluir que tem o valor mínimo global (e local) de no ponto e tem valor máximo global de no ponto .
Determine os pontos extremos da função no intervalo .
Como é diferenciável no intervalo , temos que seus pontos críticos são tais que . Neste caso, temos
(3.50) |
é o único ponto crítico de . Entretanto, analisando o gráfico desta função (Figura 3.7) vemos que não tem valor extremo local neste ponto. Assim, seus pontos extremos só podem ocorrer nos extremos do domínio . Concluímos que é o valor mínimo global de e é seu valor máximo global.
Considere que uma dada função tenha o seguinte esboço de gráfico:
Determine e classifique os pontos extremos desta função.
ponto de mínimo global; ponto de máximo local; ponto de mínimo local; ponto de máximo global.
Dada a função restrita ao intervalo , determine:
seu(s) ponto(s) crítico(s).
seu(s) ponto(s) extremo(s) e o(s) classifique.
seu(s) valor(es) extremo(s) e o(s) classifique.
a) ; b) ponto de máximo global; ponto de mínimo local e global; c) valor máximo global; valor mínimo local e global;
Dada a função restrita ao intervalo , determine:
seu(s) ponto(s) crítico(s).
seu(s) ponto(s) extremo(s) e o(s) classifique.
seu(s) valor(es) extremo(s) e o(s) classifique.
a) ; b) ponto de máximo local e global; ponto de mínimo global; c) valor máximo local e global; valor mínimo global;
Dada a função restrita ao intervalo , determine:
seu(s) ponto(s) crítico(s).
seu(s) ponto(s) extremo(s) e o(s) classifique.
seu(s) valor(es) extremo(s) e o(s) classifique.
a) ; b) ponto de mínimo global;c) valor mínimo global;
Dada a função restrita ao intervalo , determine:
seu(s) ponto(s) crítico(s).
seu(s) ponto(s) extremo(s) e o(s) classifique.
seu(s) valor(es) extremo(s) e o(s) classifique.
a) ; b) ponto de mínimo global; ponto de máximo global; c) valor mínimo global; valor máximo global;
Mostre que se tem um mínimo local em e é diferenciável neste ponto, então .
Dica: consulte a demonstração do Teorema 3.2.2.
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