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Limites no infinito descrevem a tendência de uma dada função quando ou . Dizemos que o limite de é quando tende a , se os valores de são arbitrariamente próximos de para todos os valores de suficientemente pequenos (consultemos a Figura 2.11). Neste caso, escrevemos
(2.151) |
Analogamente, dizemos que o limite de é quando tende , se os valores de são arbitrariamente próximos de para todos os valores de suficientemente grandes (consultemos a Figura 2.12). Neste caso, escrevemos
(2.152) |
Vamos inferir os limites de para e . A Figura Figura 2.13 é um esboço do gráfico desta função.
Observamos que quanto menores os valores de , mais próximos de são os valores de . Daí, inferimos que
(2.153) |
Também, quanto maiores os valores de , mais próximos de são os valores de . Com isso, podemos concluir que
(2.154) |
Supondo que , e são números reais e
(2.155) |
e
(2.156) |
Então, temos as seguintes regras para limites no infinito:
Multiplicação por escalar
(2.157) |
Soma/diferença
(2.158) |
Produto
(2.159) |
Quociente
(2.160) |
Potenciação
(2.161) |
(2.162) | |||
(2.163) | |||
(2.164) | |||
(2.165) |
Consideramos o seguinte caso
(2.166) |
Observamos que não podemos usar a regra do quociente diretamente, pois, por exemplo, não existe o limite do numerador. A alternativa é multiplicar e dividir por (grau dominante), obtendo
(2.167) | |||
(2.168) | |||
(2.169) | |||
(2.170) |
Então, aplicando as regras do quociente, da soma/subtração e da multiplicação por escalar, temos
(2.171) | |||
(2.172) | |||
(2.173) |
Dados dois polinômios
(2.174) | |||
(2.175) |
com , temos
(2.176) |
Consulte o Exercício 2.4.8. ∎
A ideia utilizada no Exemplo 2.4.3, também pode ser útil em limites no infinito de quocientes envolvendo raiz.
Vamos calcular
(2.180) |
A ideia é multiplicar em cima e em baixo por . Seguimos
(2.181) | |||
(2.182) | |||
(2.183) | |||
(2.184) | |||
(2.185) | |||
(2.186) |
A reta é dita assíntota horizontal ao gráfico da função se
(2.187) |
ou
(2.188) |
No Exemplo 2.4.3, vimos que
(2.189) |
Logo, temos que é uma assíntota horizontal do gráfico da função
(2.190) |
Consultemos a Figura 2.14 para seu gráfico.
Também, temos
(2.191) | |||
(2.192) | |||
(2.193) |
O que reforça que é uma assíntota horizontal desta função.
(2.194) |
donde temos que é uma assíntota horizontal da função exponencial natural. Consultemos a Figura 2.15 para o gráfico de .
Na ecologia, a função logística22endnote: 2Consultemos mais sobre a função logística em Wikipédia: Função logística.
(2.195) |
é um modelo de crescimento populacional de espécies, sendo o número de indivíduos da população no tempo . O parâmetro é o número de indíviduos na população no tempo inicial , é a proporção de novos indivíduos na população devido a reprodução e é o limite de saturação do crescimento populacional (devido aos recursos escassos como alimentos, território e tratamento a doenças). Observamos que
(2.196) | |||
(2.197) |
Ou seja, é uma assíntota horizontal ao gráfico de e é o limite de saturação do crescimento populacional. Na Figura 2.16, temos o gráfico da função logística para .
Uma função é periódica quando existe um número tal que
(2.198) |
para todo no domínio de . O número é chamado de período da função. As funções trigonométricas são exemplos de funções periódicas.
À exceção de funções constantes, o limite no infinito de funções periódicas não existe. De fato, se não é constante, então existem números tal que . Se é uma função é periódica com período , temos e para todo número inteiro . Desta forma, não existe número que possamos tomar arbitrariamente próxima, para todos os valores de suficientemente grandes (ou pequenos).
A função seno é periódica com período , pois
(2.199) | |||
(2.200) | |||
(2.201) |
Observemos que não existe
(2.202) |
pois os valores de oscilam periodicamente no intervalo . A Figura 2.17 mostra o gráfico de .
Calcule
(2.203) |
Utilizando a regra da soma para limites no infinito, temos
(2.204) | |||
(2.205) |
observando que existe. De fato, o gráfico de é uma translação de uma unidade à esquerda da função . Uma translação horizontal finita não altera o comportamento da função para . Portanto, como quando , temos que quando , i.e.
(2.206) |
Portanto, concluímos que
(2.207) |
Determine a(s) assíntota(s) horizontal(ais) do gráfico da função
(2.208) |
Uma reta é assíntota horizontal do gráfico de , quando
(2.209) |
Começamos com , temos
(2.210) | |||
(2.211) |
Logo, é assíntota horizontal ao gráfico de .
Agora, vamos ver a tendência da função para , temos
(2.212) | |||
(2.213) |
Portanto, concluímos que é a única assíntota horizontal ao gráfico da função .
Calcule
(2.214) |
(2.215) | |||
(2.216) | |||
(2.217) | |||
(2.218) | |||
(2.219) |
Calcule
(2.220) |
Calcule
a) ; b) ; c) ; d) ; e) ;
Calcule
a) ; b) ; c)
Calcule
a) ; b) ; c) ;
Calcule
a) ; b) ; c) ; d)
Calcule
a) ; b)
Calcule
(2.224) |
não existe.
Calcule:
.
.
a) ; b)
Dados dois polinômios e , mostre que
(2.225) |
Dica: use as regras para o cálculo de limites.
Aproveito para agradecer a todas/os que de forma assídua ou esporádica contribuem enviando correções, sugestões e críticas!
Este texto é disponibilizado nos termos da Licença Creative Commons Atribuição-CompartilhaIgual 4.0 Internacional. Ícones e elementos gráficos podem estar sujeitos a condições adicionais.
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Limites no infinito descrevem a tendência de uma dada função quando ou . Dizemos que o limite de é quando tende a , se os valores de são arbitrariamente próximos de para todos os valores de suficientemente pequenos (consultemos a Figura 2.11). Neste caso, escrevemos
(2.151) |
Analogamente, dizemos que o limite de é quando tende , se os valores de são arbitrariamente próximos de para todos os valores de suficientemente grandes (consultemos a Figura 2.12). Neste caso, escrevemos
(2.152) |
Vamos inferir os limites de para e . A Figura Figura 2.13 é um esboço do gráfico desta função.
Observamos que quanto menores os valores de , mais próximos de são os valores de . Daí, inferimos que
(2.153) |
Também, quanto maiores os valores de , mais próximos de são os valores de . Com isso, podemos concluir que
(2.154) |
Supondo que , e são números reais e
(2.155) |
e
(2.156) |
Então, temos as seguintes regras para limites no infinito:
Multiplicação por escalar
(2.157) |
Soma/diferença
(2.158) |
Produto
(2.159) |
Quociente
(2.160) |
Potenciação
(2.161) |
(2.162) | |||
(2.163) | |||
(2.164) | |||
(2.165) |
Consideramos o seguinte caso
(2.166) |
Observamos que não podemos usar a regra do quociente diretamente, pois, por exemplo, não existe o limite do numerador. A alternativa é multiplicar e dividir por (grau dominante), obtendo
(2.167) | |||
(2.168) | |||
(2.169) | |||
(2.170) |
Então, aplicando as regras do quociente, da soma/subtração e da multiplicação por escalar, temos
(2.171) | |||
(2.172) | |||
(2.173) |
Dados dois polinômios
(2.174) | |||
(2.175) |
com , temos
(2.176) |
Consulte o Exercício 2.4.8. ∎
A ideia utilizada no Exemplo 2.4.3, também pode ser útil em limites no infinito de quocientes envolvendo raiz.
Vamos calcular
(2.180) |
A ideia é multiplicar em cima e em baixo por . Seguimos
(2.181) | |||
(2.182) | |||
(2.183) | |||
(2.184) | |||
(2.185) | |||
(2.186) |
A reta é dita assíntota horizontal ao gráfico da função se
(2.187) |
ou
(2.188) |
No Exemplo 2.4.3, vimos que
(2.189) |
Logo, temos que é uma assíntota horizontal do gráfico da função
(2.190) |
Consultemos a Figura 2.14 para seu gráfico.
Também, temos
(2.191) | |||
(2.192) | |||
(2.193) |
O que reforça que é uma assíntota horizontal desta função.
(2.194) |
donde temos que é uma assíntota horizontal da função exponencial natural. Consultemos a Figura 2.15 para o gráfico de .
Na ecologia, a função logística22endnote: 2Consultemos mais sobre a função logística em Wikipédia: Função logística.
(2.195) |
é um modelo de crescimento populacional de espécies, sendo o número de indivíduos da população no tempo . O parâmetro é o número de indíviduos na população no tempo inicial , é a proporção de novos indivíduos na população devido a reprodução e é o limite de saturação do crescimento populacional (devido aos recursos escassos como alimentos, território e tratamento a doenças). Observamos que
(2.196) | |||
(2.197) |
Ou seja, é uma assíntota horizontal ao gráfico de e é o limite de saturação do crescimento populacional. Na Figura 2.16, temos o gráfico da função logística para .
Uma função é periódica quando existe um número tal que
(2.198) |
para todo no domínio de . O número é chamado de período da função. As funções trigonométricas são exemplos de funções periódicas.
À exceção de funções constantes, o limite no infinito de funções periódicas não existe. De fato, se não é constante, então existem números tal que . Se é uma função é periódica com período , temos e para todo número inteiro . Desta forma, não existe número que possamos tomar arbitrariamente próxima, para todos os valores de suficientemente grandes (ou pequenos).
A função seno é periódica com período , pois
(2.199) | |||
(2.200) | |||
(2.201) |
Observemos que não existe
(2.202) |
pois os valores de oscilam periodicamente no intervalo . A Figura 2.17 mostra o gráfico de .
Calcule
(2.203) |
Utilizando a regra da soma para limites no infinito, temos
(2.204) | |||
(2.205) |
observando que existe. De fato, o gráfico de é uma translação de uma unidade à esquerda da função . Uma translação horizontal finita não altera o comportamento da função para . Portanto, como quando , temos que quando , i.e.
(2.206) |
Portanto, concluímos que
(2.207) |
Determine a(s) assíntota(s) horizontal(ais) do gráfico da função
(2.208) |
Uma reta é assíntota horizontal do gráfico de , quando
(2.209) |
Começamos com , temos
(2.210) | |||
(2.211) |
Logo, é assíntota horizontal ao gráfico de .
Agora, vamos ver a tendência da função para , temos
(2.212) | |||
(2.213) |
Portanto, concluímos que é a única assíntota horizontal ao gráfico da função .
Calcule
(2.214) |
(2.215) | |||
(2.216) | |||
(2.217) | |||
(2.218) | |||
(2.219) |
Calcule
(2.220) |
Calcule
a) ; b) ; c) ; d) ; e) ;
Calcule
a) ; b) ; c)
Calcule
a) ; b) ; c) ;
Calcule
a) ; b) ; c) ; d)
Calcule
a) ; b)
Calcule
(2.224) |
não existe.
Calcule:
.
.
a) ; b)
Dados dois polinômios e , mostre que
(2.225) |
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