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O gráfico de uma função diferenciável é
côncavo para cima em um intervalo aberto , se é crescente em ;
côncavo para baixo em um intervalo aberto , se é decrescente em .
Assumindo que é duas vezes diferenciável, temos que a monotonicidade de está relacionada ao sinal de (a segunda derivada de ). Logo, o gráfico de é
côncavo para cima em um intervalo aberto , se em ;
côncavo para baixo em um intervalo aberto , se em .
Estudemos os seguintes casos:
o gráfico de é uma parábola côncava para cima em toda parte (Figura 4.16).
 
De fato, temos
| (4.132) | 
uma função crescente em toda parte. Também, temos
| (4.133) | 
em toda parte.
o gráfico de é uma parábola côncava para baixo em toda parte. De fato, temos
| (4.134) | 
uma função decrescente em toda parte. Também, temos
| (4.135) | 
em toda parte. Faça os gráficos de , e para melhor entender as relações entre a função e suas derivadas neste caso.
o gráfico da função é côncavo para baixo em e côncavo para cima em . Consultemos a Figura 4.17.
 
De fato, temos
| (4.136) | 
que é uma função decrescente em e crescente em . Também, temos
| (4.137) | 
que assume valores negativos em e valores positivos em .
Um ponto em que o gráfico de uma função muda de concavidade é chamado de ponto de inflexão. Em tais pontos temos
| (4.138) | 
Vejamos os seguintes casos:
O gráfico da função tem como único ponto de inflexão (consultemos a Figura 4.17). De fato, temos
| (4.139) | 
que é diferenciável em toda parte com
| (4.140) | 
Logo, os pontos de inflexão ocorrem quando
| (4.141) | |||
| (4.142) | |||
| (4.143) | 
O gráfico da função tem como único ponto de inflexão (consultemos a Figura 4.18).
 
De fato, temos
| (4.144) | 
para . Segue que
| (4.145) | 
para , donde em e em . Isto é, o gráfico de muda de concavidade em , , sendo côncava para cima em e côncava para baixo em .
Seja um ponto crítico de uma dada função duas vezes diferenciável e contínua em um intervalo aberto contendo . Temos


A função tem pontos críticos
| (4.146) | |||
| (4.147) | |||
| (4.148) | |||
| (4.149) | 
A segunda derivada de é
| (4.150) | 
Logo, como , temos que é ponto de máximo local de . E, como , temos que é ponto de mínimo local de . Verifiquemos no gráfico de (Figura 4.20).
 
Se e , então pode ser ponto extremo local de ou não. Ou seja, o teste é inconclusivo.
Vejamos os seguintes casos:
A função tem ponto crítico
| (4.151) | |||
| (4.152) | |||
| (4.153) | 
Neste ponto, temos
| (4.154) | |||
| (4.155) | 
Neste caso, não é ponto de extremo local e temos e . Faça o gráfico de e verifique!
A função tem um ponto crítico
| (4.156) | |||
| (4.157) | |||
| (4.158) | 
Neste ponto, temos
| (4.159) | |||
| (4.160) | 
Neste caso, é ponto de mínimo local e temos e . Faça o gráfico de e verifique!
Encontre o valor máximo global de .
Como é diferenciável em toda parte, temos que seu valor máximo (se existir) ocorre em ponto crítico tal que
| (4.161) | |||
| (4.162) | |||
| (4.163) | |||
| (4.164) | 
Agora, usando o teste da segunda derivada, temos
| (4.165) | |||
| (4.166) | 
Logo, é ponto de máximo local. O favor da função neste ponto é . Ainda, temos
| (4.167) | |||
| (4.168) | 
Por tudo isso, concluímos que o valor máximo global de é .
Determine e classifique os extremos da função
| (4.169) | 
restrita ao intervalo de .
Como é diferenciável em , temos que seus extremos locais ocorrem nos seguintes pontos críticos
| (4.170) | |||
| (4.171) | |||
| (4.172) | 
logo os pontos críticos são , e . Calculando a segunda derivada de , temos
| (4.173) | 
Do teste da segunda derivada, temos
| (4.174) | 
donde temos que é ponto de mínimo local. Similarmente, temos
| (4.175) | |||
| (4.176) | 
done é ponto de máximo local e é ponto de mínimo local. Agora, vejamos os valores de em cada ponto de interesse.
Então, podemos concluir que e são pontos de máximo global (o valor máximo global é ), é ponto de máximo local, e são pontos de mínimo global (o valor mínimo global é ).
Uma cerca de m será usada para cercar as laterais e a parte traseira de um terreno retangular, deixando a frente aberta (conforme figura abaixo). Quais devem ser as dimensões do terreno para que a área seja máxima?
![[Uncaptioned image]](cap_apderiv/dados/fig_exer_teste2der_rect_aberto/fig.png) 
Conforme indicado na figura acima, consideremos um terreno retangular de comprimento e largura . A área do terreno é dada por
| (4.177) | 
Como a cerca será usada para cercar as laterais e a parte traseira do terreno, temos a restrição
| (4.178) | 
Logo, podemos escrever em função de como
| (4.179) | 
Assim, a área do terreno pode ser escrita como função de
| (4.180) | 
Para encontrarmos o valor máximo da área, calculamos a derivada de em relação a
| (4.181) | 
O ponto crítico ocorre quando
| (4.182) | |||
| (4.183) | |||
| (4.184) | 
Usando o teste da segunda derivada, temos
| (4.185) | 
logo é ponto de máximo local. Os casos extremos quando ou podem ser descartados, pois implicam em . Finalmente, calculamos o comprimento
| (4.186) | |||
| (4.187) | 
Portanto, as dimensões do terreno para que a área seja máxima são: largura m e comprimento m.
Use o teste da segunda derivada para encontrar e classificar o(s) ponto(s) extremo(s) de .
ponto de mínimo global
Use o teste da segunda derivada para encontrar e classificar o(s) ponto(s) extremo(s) de .
ponto de máximo local; ponto de mínimo local;
Use o teste da segunda derivada para encontrar e classificar o(s) ponto(s) extremo(s) de .
ponto de máximo local; ponto de mínimo local;
Seja . Mostre que é ponto de máximo local de e que .
, . Pelo teste da 1. derivada, temos que é ponto de máximo local. , .
Quais são as dimensões (largura e altura ) do retângulo de maior área que pode ser construindo tendo perímetro m?
,
Uma caixa aberta é feita a partir de uma folha retangular de papelão de comprimento cm e largura cm, cortando-se quadrados iguais de lado cm em cada canto e dobrando-se as abas formadas (consulte a figura abaixo). Encontre o valor de que resulte a caixa de maior volume possível.
![[Uncaptioned image]](cap_apderiv/dados/fig_exer_teste1der_caixa/fig.png) 
cm
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