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Na Seção 4.1, vimos que a integral definida de uma dada função em um intervalo está associada à área (líquida) entre seu gráfico e as retas , e . Veja a Figura 4.2.
Com base nesta noção geométrica, podemos inferir as seguintes propriedades de integração para funções integráveis e :
Integral degenerada
(4.23) |
Multiplicação por escalar
(4.24) |
Soma/subtração
(4.25) |
Sobreposição/concatenação de intervalos
(4.26) |
Cotas inferior e superior
(4.27) |
Sejam e funções integráveis tais que
(4.28) | |||
(4.29) | |||
(4.30) |
Então, vejamos os seguintes casos:
(4.31) | ||||
(4.32) |
(4.33) |
(4.34) | ||||
(4.35) |
(4.36) | ||||
(4.37) | ||||
(4.38) |
(4.39) | ||||
(4.40) |
Lembrando que , temos da propriedade e) acima que
(4.41) | ||||
Com base na noção de integral, define-se a média de uma função no intervalo por
(4.42) |
no caso de ser integrável neste intervalo.
(Teorema do valor médio para integrais) Se for contínua em , então existe tal que
(4.43) |
Vejamos uma ideia da demonstração. Da propriedade de integração e) acima, temos
(4.44) |
Agora, pelo Teorema do valor intermediário (Teorema 1.6.1), temos assume todos os valores entre seus valores mínimo e máximo. Logo, existe tal que
(4.45) |
∎
Seja uma função contínua em , , e
(4.46) |
então possui pelo menos um zero neste intervalo. De fato, do Teorema do valor médio para integrais, temos que existe tal que
(4.47) | ||||
(4.48) |
Seja uma função integrável e a função definida por
(4.49) |
para algum número real dado.
(Teorema fundamental do cálculo, parte I) Se é contínua em , então é contínua em e diferenciável em a função
(4.50) |
sendo
(4.51) |
Vejamos a ideia da demonstração. Da definição de derivada, temos
(4.52) | ||||
(4.53) | ||||
(4.54) |
Agora, do Teorema do valor médio para integrais (Teorema 4.2.1), temos que existe tal que
(4.55) | ||||
(4.56) |
Notemos que quando e, portanto, temos
(4.57) | ||||
(4.58) | ||||
(4.59) |
∎
A parte I do Teorema fundamental do cálculo (Teorema 4.2.2), mostra que a integral de uma função (contínua) é uma função tal que
(4.62) |
Dizemos que é uma primitiva da função .
Observamos que se é uma primitiva de , então
(4.63) |
também é primitiva de para qualquer constante , i.e.
(4.64) | ||||
(4.65) | ||||
(4.66) | ||||
(4.67) |
Mais ainda, do Corolário 3.3.2 do Teorema do valor médio para derivadas, temos que quaisquer duas primitivas de uma mesma função diferem-se apenas uma constante.
Com isso, definimos a integral indefinida de em relação a por
(4.68) |
onde é qualquer primitiva de e uma constante indeterminada.
Vejamos os seguintes casos:
(4.69) |
(4.70) |
(4.71) |
(4.72) |
Com o Python+SymPy, podemos computar as integrais indefinidas acima com os seguintes comandos:
(Teorema fundamental do cálculo, parte II) Se é contínua em e é qualquer primitiva de , então
(4.73) |
Vejamos a ideia da demonstração. A parte I do Teorema fundamental do cálculo (Teorema 4.2.2), nos garante a existência de
(4.74) |
Seja, então, uma primitiva qualquer de . Logo,
(4.75) | ||||
(4.76) | ||||
(4.77) | ||||
(4.78) |
∎
Vejamos os seguintes casos:
(4.79) | ||||
(4.80) |
(4.81) | ||||
(4.82) |
(4.83) | ||||
(4.84) | ||||
(4.85) |
Com o Python+SymPy, podemos computar as integrais indefinidas acima com os seguintes comandos:
(Permutação dos limites de integração.) Do Teorema fundamental do cálculo, parte II, temos
(4.86) |
Ou seja, o valor da integral definida muda de sinal ao permutarmos seus limites de integração. De fato, se é uma primitiva de , então
(4.87) | ||||
(4.88) | ||||
(4.89) |
Temos que
(4.90) |
Agora,
(4.91) |
Conforme esperado, temos
(4.92) |
Calcule
(4.93) |
Primeiramente, notemos que
(4.94) | |||
(4.95) |
Então, usando as propriedades de integração, temos
(4.96) | ||||
(4.97) | ||||
(4.98) | ||||
(4.99) | ||||
(4.100) |
Com o Python+SymPy, podemos computar essa integral definida com os seguintes comandos:
Calcule a área entre o gráfico de e as retas , e .
Lembrando que a integral definida está associada a área sob o gráfico do integrando, temos que a área desejada pode ser calculada por
(4.101) |
pois para e para . Também, observamos que
(4.102) |
Logo, do Teorema fundamental do cálculo segue que
(4.103) | ||||
(4.104) | ||||
(4.105) |
Com o Python+SymPy, podemos computar essa integral definida com os seguintes comandos:
Encontre a função tal que
(4.106) |
e .
Integrando ambos os lados da equação diferencial em relação a , temos
(4.107) | |||
(4.108) |
Agora, da condição , segue
(4.110) | |||
(4.111) | |||
(4.112) |
Concluímos que . Com o Python+SymPy, podemos resolver esta computar essa integral definida com os seguintes comandos:
Sejam e tais que
(4.113) | |||
(4.114) |
Calcule
a) ; b) ; c)
Calcule
a) ; b) ; c)
Calcule a área entre o gráfico de e as retas , e .
Encontre a função tal que
(4.115) |
e .
Aproveito para agradecer a todas/os que de forma assídua ou esporádica contribuem enviando correções, sugestões e críticas!
Este texto é disponibilizado nos termos da Licença Creative Commons Atribuição-CompartilhaIgual 4.0 Internacional. Ícones e elementos gráficos podem estar sujeitos a condições adicionais.
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Integral degenerada
(4.23) |
Multiplicação por escalar
(4.24) |
Soma/subtração
(4.25) |
Sobreposição/concatenação de intervalos
(4.26) |
Cotas inferior e superior
(4.27) |
Sejam e funções integráveis tais que
(4.28) | |||
(4.29) | |||
(4.30) |
Então, vejamos os seguintes casos:
(4.31) | ||||
(4.32) |
(4.33) |
(4.34) | ||||
(4.35) |
(4.36) | ||||
(4.37) | ||||
(4.38) |
(4.39) | ||||
(4.40) |
Lembrando que , temos da propriedade e) acima que
(4.41) | ||||
Com base na noção de integral, define-se a média de uma função no intervalo por
(4.42) |
no caso de ser integrável neste intervalo.
(Teorema do valor médio para integrais) Se for contínua em , então existe tal que
(4.43) |
Vejamos uma ideia da demonstração. Da propriedade de integração e) acima, temos
(4.44) |
Agora, pelo Teorema do valor intermediário (Teorema 1.6.1), temos assume todos os valores entre seus valores mínimo e máximo. Logo, existe tal que
(4.45) |
∎
Seja uma função contínua em , , e
(4.46) |
então possui pelo menos um zero neste intervalo. De fato, do Teorema do valor médio para integrais, temos que existe tal que
(4.47) | ||||
(4.48) |
Seja uma função integrável e a função definida por
(4.49) |
para algum número real dado.
(Teorema fundamental do cálculo, parte I) Se é contínua em , então é contínua em e diferenciável em a função
(4.50) |
sendo
(4.51) |
Vejamos a ideia da demonstração. Da definição de derivada, temos
(4.52) | ||||
(4.53) | ||||
(4.54) |
Agora, do Teorema do valor médio para integrais (Teorema 4.2.1), temos que existe tal que
(4.55) | ||||
(4.56) |
Notemos que quando e, portanto, temos
(4.57) | ||||
(4.58) | ||||
(4.59) |
∎
A parte I do Teorema fundamental do cálculo (Teorema 4.2.2), mostra que a integral de uma função (contínua) é uma função tal que
(4.62) |
Dizemos que é uma primitiva da função .
Observamos que se é uma primitiva de , então
(4.63) |
também é primitiva de para qualquer constante , i.e.
(4.64) | ||||
(4.65) | ||||
(4.66) | ||||
(4.67) |
Mais ainda, do Corolário 3.3.2 do Teorema do valor médio para derivadas, temos que quaisquer duas primitivas de uma mesma função diferem-se apenas uma constante.
Com isso, definimos a integral indefinida de em relação a por
(4.68) |
onde é qualquer primitiva de e uma constante indeterminada.
Vejamos os seguintes casos:
(4.69) |
(4.70) |
(4.71) |
(4.72) |
Com o Python+SymPy, podemos computar as integrais indefinidas acima com os seguintes comandos:
(Teorema fundamental do cálculo, parte II) Se é contínua em e é qualquer primitiva de , então
(4.73) |
Vejamos a ideia da demonstração. A parte I do Teorema fundamental do cálculo (Teorema 4.2.2), nos garante a existência de
(4.74) |
Seja, então, uma primitiva qualquer de . Logo,
(4.75) | ||||
(4.76) | ||||
(4.77) | ||||
(4.78) |
∎
Vejamos os seguintes casos:
(4.79) | ||||
(4.80) |
(4.81) | ||||
(4.82) |
(4.83) | ||||
(4.84) | ||||
(4.85) |
Com o Python+SymPy, podemos computar as integrais indefinidas acima com os seguintes comandos:
(Permutação dos limites de integração.) Do Teorema fundamental do cálculo, parte II, temos
(4.86) |
Ou seja, o valor da integral definida muda de sinal ao permutarmos seus limites de integração. De fato, se é uma primitiva de , então
(4.87) | ||||
(4.88) | ||||
(4.89) |
Temos que
(4.90) |
Agora,
(4.91) |
Conforme esperado, temos
(4.92) |
Calcule
(4.93) |
Primeiramente, notemos que
(4.94) | |||
(4.95) |
Então, usando as propriedades de integração, temos
(4.96) | ||||
(4.97) | ||||
(4.98) | ||||
(4.99) | ||||
(4.100) |
Com o Python+SymPy, podemos computar essa integral definida com os seguintes comandos:
Calcule a área entre o gráfico de e as retas , e .
Lembrando que a integral definida está associada a área sob o gráfico do integrando, temos que a área desejada pode ser calculada por
(4.101) |
pois para e para . Também, observamos que
(4.102) |
Logo, do Teorema fundamental do cálculo segue que
(4.103) | ||||
(4.104) | ||||
(4.105) |
Com o Python+SymPy, podemos computar essa integral definida com os seguintes comandos:
Encontre a função tal que
(4.106) |
e .
Integrando ambos os lados da equação diferencial em relação a , temos
(4.107) | |||
(4.108) |
Agora, da condição , segue
(4.110) | |||
(4.111) | |||
(4.112) |
Concluímos que . Com o Python+SymPy, podemos resolver esta computar essa integral definida com os seguintes comandos:
Sejam e tais que
(4.113) | |||
(4.114) |
Calcule
a) ; b) ; c)
Calcule
a) ; b) ; c)
Calcule a área entre o gráfico de e as retas , e .
Encontre a função tal que
(4.115) |
e .
Aproveito para agradecer a todas/os que de forma assídua ou esporádica contribuem enviando correções, sugestões e críticas!
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