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5.1 Noção de integral
5.1.1 Soma de Riemann
Seja uma função contínua definida em um intervalo fechado . Seja, também, a seguinte partição de
(5.1)
onde é o número de pontos na partição. Definimos
(5.2)
o tamanho de cada subintervalo da partição, com . A norma da partição é definida por
(5.3)
i.e. o tamanho do maior subintervalo da partição. Com isso, chamamos de uma soma de Riemann2020endnote: 20Georg Friedrich Bernhard Riemann, 1826 - 1866, matemático alemão. Fonte: Wikipédia: Bernhard Riemann. toda a expressão da forma
(5.4)
onde (arbitrariamente escolhido). Consultemos a Figura 5.1.
Figura 5.1: Soma de Riemann.
No caso de uma função não negativa, uma soma de Riemann é uma aproximação da área sob seu gráfico e o eixo das abscissas.
5.1.2 Integral
A integral (definida) de até de uma dada função em relação a é denotada e definida por
(5.5)
De forma genérica, a integral definida de até é o limite das somas de Riemann quando a norma das partições do intervalo tendem a zero. Quando o limite existe, dizemos que é integrável no intervalo .
Na notação de integral definida acima, chamamos de limite inferior e de limite superior de integração, é chamada de integrando e de variável de integração.
No caso de uma função não negativa,
(5.6)
é a área sob o gráfico de (consultemos a Figura 5.2). Para funções contínuas arbitrárias, a integral definida é a área líquida sob o gráfico de , i.e. a área acima do eixo das abscissas menos a área abaixo do eixo das abscissas2121endnote: 21Consulte o Exemplo 5.1.5 para uma interpretação geométrica da integral definida de funções contínuas em geral..
Figura 5.2: A integral definida como a área sob o gráfico da função.
Funções contínuas são funções integráveis. Mais especificamente, vale o seguinte teorema.
Teorema 5.1.1.(Existência da integral de funções contínuas)
Se é função contínua em , então é integrável em .
Demonstração.
A demonstração deste teorema está além do escopo destas notas. Consulte, por exemplo, [2].
∎
Exemplo 5.1.1.
Vamos calcular
(5.7)
Figura 5.3: Cálculo de .
Aqui, o integrando é a função constante e o intervalo de integração é . Logo, trata-se da área do retângulo de altura e comprimento (consultemos a Figura 5.3). Logo,
Faça uma interpretação geométrica da uma soma de Riemann aplicada a uma função contínua e não positiva. Estenda sua interpretação para funções contínuas arbitrárias.
Dica: a soma de Riemann é uma aproximação da área líquida sob o gráfico da função.
E. 5.1.5.
Faça uma interpretação geométrica de
(5.22)
quando é uma função contínua e não positiva. Estenda sua interpretação para funções contínuas arbitrárias.
Dica: é a área líquida sob o gráfico da função.
E. 5.1.6.
Calcule
(5.23)
E. 5.1.7.
Calcule
(5.24)
E. 5.1.8.
Calcule
(5.25)
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