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3.4 Teste da primeira derivada
Na Seção 3.2 , vimos que os extremos de uma função ocorrem nos extremos de seu domínio ou em um ponto crítico. Aliado a isso, o Corolário 3.3.3 nos fornece condições suficientes para classificar os pontos críticos como extremos locais.
Mais precisamente, seja c um ponto crítico de uma função contínua f e diferenciável em todos os pontos de um intervalo aberto ( a , b ) contendo c , exceto possivelmente no ponto c . Movendo-se no sentido positivo em x :
•
se f ′ ( x ) muda de negativa para positiva em c , então f possui um mínimo local em c ;
•
se f ′ ( x ) muda de positiva para negativa em c , então f possui um máximo local em c ;
•
se f ′ não muda de sinal em c , então c não é um extremo local de f .
Veja a Figura 3.14 .
Figura 3.14 : Ilustração do teste da primeira derivada com c ponto de máximo local e d ponto de mínimo local.
Exemplo 3.4.1 .
Consideremos a função f ( x ) = x 3 3 − 2 x 2 + 3 x + 3 . Como f é diferenciável em toda parte, seus pontos críticos são aqueles tais que
Temos f ′ ( x ) = x 2 − 4 x + 3 . Segue, que os pontos críticos são
x 2 − 4 x + 3 = 0
⇒ x = 4 ± 16 − 12 2 2
(3.73)
⇒ x 1 = 1 , x 2 = 3 .
(3.74)
Com isso, temos
Então, do teste da primeira derivada, concluímos que x 1 = 1 é ponto de máximo local e que x 2 = 3 é ponto de mínimo local.
Podemos usar o SymPy para computarmos a derivada de f com o comando30 30 endnote: 30 Veja a Observação 3.0.1 .
fl = diff(x**3/3-2*x**2+3*x+3)
Então, podemos resolver f ′ ( x ) = 0 com o comando
solve(fl)
e, por fim, podemos fazer o estudo de sinal da f ′ com os comandos
reduce_inequalities(fl<0)
reduce_inequalities(fl>0)
3.4.1 Exercícios resolvidos
ER 3.4.1 .
Determine e classifique os extremos da função
f ( x ) = x 4 − 4 x 3 + 4 x 2 .
(3.75)
Solução .
Como o domínio da f é ( − ∞ , ∞ ) e f é diferenciável em toda parte, temos que seus extremos ocorrem em pontos críticos tais que
Resolvendo, obtemos
4 x 3 − 12 x 2 + 8 x = 0
⇒ 4 x ( x 2 − 3 x + 2 ) = 0
(3.77)
Logo,
4 x = 0 ou
x 2 − 3 x + 2 = 0
(3.78)
x 1 = 0
x = 3 ± 1 2 .
(3.79)
x 2 = 1 , x 3 = 2
(3.80)
Portanto, os ponto críticos são x 1 = 0 , x 2 = 1 e x 3 = 2 . Fazendo o estudo de sinal da f ′ , temos
Então, do teste da primeira derivada, concluímos que x 1 = 0 é ponto de mínimo local, x 2 = − 2 é ponto de máximo local e x 3 = − 1 é ponto de mínimo local.
Podemos usar os seguintes comandos do SymPy 31 31 endnote: 31 Veja a Observação 3.0.1 . para resolvermos este exercício:
# f’
fl = Lambda(x, diff(x**4 - 4*x**3 + 4*x**2,x))
# f’(x) = 0
solve(fl(x))
# fl(x) < 0
reduce_inequalities(fl(x)<0)
# fl(x) > 0
reduce_inequalities(fl(x)>0)
ER 3.4.2 .
Encontre o valor máximo global de f ( x ) = ( x − 1 ) e − x .
Solução .
Como f é diferenciável em toda parte, temos que seu máximo ocorre em ponto crítico tal que
f ′ ( x ) = 0
⇒ ( 2 − x ) e − x = 0
(3.81)
⇒ 2 − x = 0
(3.82)
⇒ x = 2 .
(3.83)
Fazendo o estudo de sinal da derivada, obtemos
Portanto, do teste da primeira derivada, podemos concluir que x = 2 é ponto de máximo local. O favor da função neste ponto é f ( 2 ) = e − 2 . Ainda, temos
lim x → − ∞ ( x − 1 ) e − x = − ∞ ,
(3.84)
lim x → ∞ ( x − 1 ) e − x = 0 .
(3.85)
Por tudo isso, concluímos que o valor máximo global de f é f ( 2 ) = e − 2 .
Podemos usar os seguintes comandos do SymPy 32 32 endnote: 32 Veja a Observação 3.0.1 . para resolvermos este exercício:
# f(x)
f = Lambda(x, (x-1)*exp(-x))
# f’(x)
fl = Lambda(x, diff(f(x),x))
# pontos críticos
xc = solve(fl(x))
# f’(x) < 0
reduce_inequalities(fl(x)<0)
# f’(x) > 0
reduce_inequalities(fl(x)>0)
# lim f(x), x->-oo
limit(f(x),x,-oo)
# lim f(x), x->oo
limit(f(x),x,oo)
# f(2)
f(xc[0])
3.4.2 Exercícios
E. 3.4.1 .
Use o teste da primeira derivada para encontrar e classificar o(s) ponto(s) extremo(s) de f ( x ) = x 2 − 2 x .
Resposta
Resposta .
x = 1 ponto de mínimo global
E. 3.4.2 .
Use o teste da primeira derivada para encontrar e classificar o(s) ponto(s) extremo(s) de f ( x ) = x 3 3 − x .
Resposta
Resposta .
x 1 = − 1 ponto de máximo local; x 2 = 1 ponto de mínimo local;
E. 3.4.3 .
Use o teste da primeira derivada para encontrar e classificar o(s) ponto(s) extremo(s) de f ( x ) = x 2 / 3 ( x − 1 ) .
Resposta
Resposta .
x 1 = 0 ponto de máximo local; x 2 = 2 / 5 ponto de mínimo local;
Envie seu comentárioAproveito para agradecer a todas/os que de forma assídua ou esporádica contribuem enviando correções, sugestões e críticas!
Este texto é disponibilizado nos termos da Licença Creative Commons Atribuição-CompartilhaIgual 4.0 Internacional . Ícones e elementos gráficos podem estar sujeitos a condições adicionais.
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3.4 Teste da primeira derivada
Na Seção 3.2 , vimos que os extremos de uma função ocorrem nos extremos de seu domínio ou em um ponto crítico. Aliado a isso, o Corolário 3.3.3 nos fornece condições suficientes para classificar os pontos críticos como extremos locais.
Mais precisamente, seja c um ponto crítico de uma função contínua f e diferenciável em todos os pontos de um intervalo aberto ( a , b ) contendo c , exceto possivelmente no ponto c . Movendo-se no sentido positivo em x :
•
se f ′ ( x ) muda de negativa para positiva em c , então f possui um mínimo local em c ;
•
se f ′ ( x ) muda de positiva para negativa em c , então f possui um máximo local em c ;
•
se f ′ não muda de sinal em c , então c não é um extremo local de f .
Veja a Figura 3.14 .
Figura 3.14 : Ilustração do teste da primeira derivada com c ponto de máximo local e d ponto de mínimo local.
Exemplo 3.4.1 .
Consideremos a função f ( x ) = x 3 3 − 2 x 2 + 3 x + 3 . Como f é diferenciável em toda parte, seus pontos críticos são aqueles tais que
Temos f ′ ( x ) = x 2 − 4 x + 3 . Segue, que os pontos críticos são
x 2 − 4 x + 3 = 0
⇒ x = 4 ± 16 − 12 2 2
(3.73)
⇒ x 1 = 1 , x 2 = 3 .
(3.74)
Com isso, temos
Então, do teste da primeira derivada, concluímos que x 1 = 1 é ponto de máximo local e que x 2 = 3 é ponto de mínimo local.
Podemos usar o SymPy para computarmos a derivada de f com o comando30 30 endnote: 30 Veja a Observação 3.0.1 .
fl = diff(x**3/3-2*x**2+3*x+3)
Então, podemos resolver f ′ ( x ) = 0 com o comando
solve(fl)
e, por fim, podemos fazer o estudo de sinal da f ′ com os comandos
reduce_inequalities(fl<0)
reduce_inequalities(fl>0)
3.4.1 Exercícios resolvidos
ER 3.4.1 .
Determine e classifique os extremos da função
f ( x ) = x 4 − 4 x 3 + 4 x 2 .
(3.75)
Solução .
Como o domínio da f é ( − ∞ , ∞ ) e f é diferenciável em toda parte, temos que seus extremos ocorrem em pontos críticos tais que
Resolvendo, obtemos
4 x 3 − 12 x 2 + 8 x = 0
⇒ 4 x ( x 2 − 3 x + 2 ) = 0
(3.77)
Logo,
4 x = 0 ou
x 2 − 3 x + 2 = 0
(3.78)
x 1 = 0
x = 3 ± 1 2 .
(3.79)
x 2 = 1 , x 3 = 2
(3.80)
Portanto, os ponto críticos são x 1 = 0 , x 2 = 1 e x 3 = 2 . Fazendo o estudo de sinal da f ′ , temos
Então, do teste da primeira derivada, concluímos que x 1 = 0 é ponto de mínimo local, x 2 = − 2 é ponto de máximo local e x 3 = − 1 é ponto de mínimo local.
Podemos usar os seguintes comandos do SymPy 31 31 endnote: 31 Veja a Observação 3.0.1 . para resolvermos este exercício:
# f’
fl = Lambda(x, diff(x**4 - 4*x**3 + 4*x**2,x))
# f’(x) = 0
solve(fl(x))
# fl(x) < 0
reduce_inequalities(fl(x)<0)
# fl(x) > 0
reduce_inequalities(fl(x)>0)
ER 3.4.2 .
Encontre o valor máximo global de f ( x ) = ( x − 1 ) e − x .
Solução .
Como f é diferenciável em toda parte, temos que seu máximo ocorre em ponto crítico tal que
f ′ ( x ) = 0
⇒ ( 2 − x ) e − x = 0
(3.81)
⇒ 2 − x = 0
(3.82)
⇒ x = 2 .
(3.83)
Fazendo o estudo de sinal da derivada, obtemos
Portanto, do teste da primeira derivada, podemos concluir que x = 2 é ponto de máximo local. O favor da função neste ponto é f ( 2 ) = e − 2 . Ainda, temos
lim x → − ∞ ( x − 1 ) e − x = − ∞ ,
(3.84)
lim x → ∞ ( x − 1 ) e − x = 0 .
(3.85)
Por tudo isso, concluímos que o valor máximo global de f é f ( 2 ) = e − 2 .
Podemos usar os seguintes comandos do SymPy 32 32 endnote: 32 Veja a Observação 3.0.1 . para resolvermos este exercício:
# f(x)
f = Lambda(x, (x-1)*exp(-x))
# f’(x)
fl = Lambda(x, diff(f(x),x))
# pontos críticos
xc = solve(fl(x))
# f’(x) < 0
reduce_inequalities(fl(x)<0)
# f’(x) > 0
reduce_inequalities(fl(x)>0)
# lim f(x), x->-oo
limit(f(x),x,-oo)
# lim f(x), x->oo
limit(f(x),x,oo)
# f(2)
f(xc[0])
3.4.2 Exercícios
E. 3.4.1 .
Use o teste da primeira derivada para encontrar e classificar o(s) ponto(s) extremo(s) de f ( x ) = x 2 − 2 x .
Resposta
Resposta .
x = 1 ponto de mínimo global
E. 3.4.2 .
Use o teste da primeira derivada para encontrar e classificar o(s) ponto(s) extremo(s) de f ( x ) = x 3 3 − x .
Resposta
Resposta .
x 1 = − 1 ponto de máximo local; x 2 = 1 ponto de mínimo local;
E. 3.4.3 .
Use o teste da primeira derivada para encontrar e classificar o(s) ponto(s) extremo(s) de f ( x ) = x 2 / 3 ( x − 1 ) .
Resposta
Resposta .
x 1 = 0 ponto de máximo local; x 2 = 2 / 5 ponto de mínimo local;
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